Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, esteve presente na assinatura do projeto “Aldeias Históricas de Portugal All For All”, cujo objetivo é tornar Aldeias Históricas de Portugal mais acessíveis e inclusivas. A cerimónia decorreu no âmbito da inédita cimeira “International Summit: Cultural Sustainable Destinations without Borders”, que teve como palco a Sé Catedral da Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha. A Secretária de Estado do Turismo falou com o blogue das Aldeias Históricas de Portugal sobre as suas expectativas em relação a este novo projeto.

Qual é a importância deste novo projeto das Aldeias Históricas de Portugal, integrado no programa Valorizar?
É um projeto simbólico, mas inovador, pois tem a capacidade de reunir 12 aldeias e introduzir o conceito da acessibilidade em todas elas. Assim, as Aldeias Históricas de Portugal vão, também, passar a comunicar que são as mais acessíveis do mundo e que estão direcionadas para todos. Ou seja, é um projeto de afirmação das Aldeias Históricas de Portugal, com uma mensagem de destino inclusivo, que está à espera de todos e que a todos acolhe, independentemente de onde venham e de quem sejam. É igualmente uma mensagem de aquilo que é o grande ativo que Portugal tem, que é a grande capacidade de acolher bem todos, independentemente das condições físicas e das opções religiosas ou do país de onde venham.

O trabalho desenvolvido pela Associação das Aldeias Históricas de Portugal pode ser um exemplo para o resto do país?
As Aldeias Históricas de Portugal são, claramente, um exemplo de uma rede colaborativa que, através do trabalho conjunto, conseguiu afirmar-se e criar um produto que percorre vários municípios e que ganhou escala e poder de comunicação. É muito mais fácil, neste momento, por exemplo, desenvolver uma campanha digital em torno destas 12 aldeias que são um destino, e comunicar a diversidade que existe nestas aldeias. Cada uma das aldeias tem um património completamente diferente, mas com uma capacidade de comunicação comum, que ajuda a internacionalizar o nosso território.

Como prevê o futuro para as Aldeias Históricas de Portugal?
Acredito que o futuro das Aldeias Históricas é também o futuro de Portugal, que é abrirmos o mapa turístico do país e que o turismo seja, cada vez mais, um instrumento de mobilização dos territórios. As Aldeias Históricas são um exemplo disto e, principalmente, segundo o que tenho visto, de capacidade para acrescentar vida às Aldeias Históricas. Acho que o grande desafio que a Associação das Aldeias Históricas de Portugal tem, em termos de futuro, é que o seu trabalho ajude a fixar populações nos territórios, e serem aldeias vivas. É esse o grande desafio, nomeadamente com o programa Valorizar, que foi aprovado, para também voltar a dar vida às tradições, à cultura, à gastronomia e aos serviços, para que sejam espaços de descoberta e de novas vidas.