Nasceu, em 1911, em Castelo Novo, Barata Moura, um talentoso pintor português. Apesar de ter deixado a aldeia com apenas 17 anos, para estudar em Lisboa, o Pintor Barata Moura nunca esqueceu as suas origens: Castelo Novo e a Serra da Gardunha eram frequentemente a inspiração das suas obras.

 A Aldeia Histórica de Castelo Novo viu partir um adolescente com 17 anos. Alguns anos mais tarde, ouviu que ele já tinha nome de pintor.

Consta que pintou mais de 5.000 quadros, grande parte deles, atualmente, na posse de particulares. Do que se sabe, uma parte significativa deles dedicada às paisagens e às gentes simples da Beira Interior.

Simples foi também a sua pintura, nunca endeusada às correntes artísticas que passaram ao lado da sua obra. Como disse o próprio, no seu manifesto pessoal:

“Não sigo modas / As modas passam
Pinto como sinto / Não procuro fantasias
Sou como sou / Aprecio todas as correntes artísticas sem as tentar imitar
Uma arte uniforme faz desaparecer a verdadeira Arte / Admiro todos os artistas que sejam Sinceros, Trabalhadores e com Personalidade.”

As telas que representam Castelo Novo, a Serra da Gardunha, a Beira, evidenciam afetos. Como uma árvore que tem as raízes agarradas à terra em que nasceu.

De facto, segundo a sua mulher, Adriana Rodrigues, “… o “seus” Castelo Novo e a Serra da Gardunha podem considerar-se como outro pai e mãe para ele. Amou-os, desde criança e ama-os, com autêntica veneração filial. Não havendo podido satisfazer (…) o seu sentido desejo de pintar o retrato dos progenitores, não têm conta os quadros da serra e da aldeia, o seu berço”.

Atualmente, podemos encontrar obras do Pintor Barata Moura na Casa Petrus Guterri, no Restaurante “O Lagarto”, uma tela na Igreja Matriz e um painel de azulejos da sua autoria na Igreja da Misericórdia. O Pintor Barata Moura faleceu em 2011.