Médico e escritor português, Fernando Namora exerceu atividade como médico municipal de Monsanto, entre outubro de 1944 e outubro de 1946. Foi nesta Aldeia Histórica que escreveu os seus últimos livros.

Fernando Namora nasceu a 15 de abril de 1919 em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra. Licenciado em Medicina em 1942, foi porém como escritor que se celebrizou. Em 1944, a profissão levou-o para Monsanto, onde viveu numa casa que se conserva até aos nossos dias: um edifício datado de 1931, de fachada em pedra, conforme a arquitetura da região.

Hoje, na casa onde viveu Fernando Namora, encontramos uma placa com uma citação da sua obra “A Nave de Pedra” (um livro sobre a região e as gentes de Monsanto): “Os meus últimos livros na sua montagem e redacção finais foram escritos na aldeia”.

A pitoresca beleza da Aldeia Histórica de Monsanto terá, certamente, inspirado as obras deste escritor. Basta espreitar, por exemplo, o livro “Estamos no vento”, de 1974, para o confirmar: “A terra é Monsanto. Para aqui vim, meu poiso de serenidades, adiantar estas páginas. Dizem os amigos, desafiando-me para receios cosmopolitas, que não vai ser lugar azado para um livro que fala de um mundo que pôs o tempo no vento. Que aqui o tempo não se move. Cuido que se enganam. Que sabem os citadinos do que vai mudando nos antigos degredos do seu país?”.

Poetas, escritores ou pintores: não restam dúvidas que as Aldeias Históricas de Portugal – o primeiro destino em rede, a nível mundial, a receber a certificação BIOSPHERE DESTINATION, e o primeiro a nível nacional, a ganhar essa distinção – são lugares que a todos inspiram e apaixonam. Aldeias que nos deixam de coração cheio de encanto e serenidade.